- Paralelas
Considere duas retas distintas e paralelas r e s:
Temos que:
r ∕∕ s ↔ tg α1 = tg α2 ou mr = ms
Isso quer dizer que duas retas são paralelas se, e somente se, seus coeficientes angulares forem iguais.
Exemplo 1.
Verifique se as retas r: y = 3x – 2 e s: 6x – 2y + 5 = 0 são paralelas.
Solução: Precisamos determinar o coeficiente angular das retas r e s.
Vamos determinar o coeficiente angular da reta r:
Como a equação da reta r está na forma reduzida, fica fácil ver que mr = 3.
Agora vamos determinar o coeficiente angular da reta s.
6x – 2y + 5 = 0
2y = 6x + 5
y = 3x + 5/2
Daí, vemos que ms = 3
Como mr =ms =3, podemos afirmar que r // s.
Exemplo 2.
Para quais valores de k as retas 3x + 2y – 1 = 0 e kx – 3y + 1 = 0 são paralelas?
Solução: Para as duas retas serem paralelas, os seus coeficientes angulares devem ser iguais. Assim, vamos determinar o coeficiente angular das retas em questão.
s:3x+2y-1=0
2y= -3x+1
y= -3x/2 + 1/2
ms= -3/2
r: kx-3y+1 =0
-3x= -kx - 1
y= kx/3 + 1/3
mr = 1/3
Daí segue que:
ms=mr
-3/2 = k/3
k = -9/2
- Concorrentes
Duas retas são concorrentes se, somente se, possuírem um ponto em comum, ou seja, a intersecção das duas retas é o ponto em comum.
Considerando a reta t e u e as suas respectivas equações gerais das retas, atx + bty + ct = 0 e aux + buy + cu = 0. Representando-as em um plano cartesiano, iremos perceber que são concorrentes, pois possui o ponto A em comum.
Exemplo: As equações gerais das duas retas r e s são respectivamente, x + 4y – 7 = 0 e 3x + y + 1 = 0.
Determine o ponto P(x0, y0) comum às retas r e s.
Sabemos que o ponto de intersecção de duas retas concorrentes é a solução do sistema formado por elas. Assim, veja a resolução do sistema abaixo:
x + 4y – 7 = 0
3x + y + 1 = 0
x + 4y = 7 (-3)
3x + y = -1
-3x – 12y = -21
3x + y = -1
-11y = -22
y = 2
Substituindo o valor de y em qualquer uma das equações iremos obter o valor de x:
x + 4y = 7
x + 4 . 2 = 7
x + 8 = 7
x = 7 – 8
x = -1
Portanto, o ponto P(x0, y0) = (-1,2).
No início da explicação foi dito que as retas t: atx + bty + ct = 0 e u: aux + buy + cu = 0 são concorrentes. Para que seja verdadeira essa afirmação o sistema formado por elas deverá ser possível e determinado, essa verificação irá funcionar da seguinte forma:
atx + bty + ct = 0
aux + buy + cu = 0
atx + bty = - ct
aux + buy = - cu
E para que esse sistema seja possível e determinado, o seu determinante deverá ser diferente de zero.
2x + y = 3
6x + 5y = -1
2 . 5 – (1 . 6) ≠ 0
10 – 6 ≠ 0
4 ≠ 0
- Coincidentes
Duas retas são coincidentes se pertencem ao mesmo plano e possuem todos os pontos em comum.
- Perpendiculares
Sabemos da Geometria Plana que duas retas são perpendiculares quando são concorrentes e formam entre si um ângulo reto (90º) . Sejam as retas r: y = mr x + nr e s: y = ms x + ns . Nestas condições podemos escrever a seguinte relação entre os seus coeficientes angulares:
ms = - 1 / mr ou mr . ms = -1 .
Dizemos então que se duas retas são perpendiculares, o produto dos seus coeficientes angulares
é igual a -1.
Exemplo:
Dadas as retas de equações (2w - 2)x + (w - 1)y + w = 0 e (w - 3)y + x - 2w = 0, podemos afirmar que:
a) elas são perpendiculares para qualquer valor de w
b) elas são perpendiculares se w = 1
c) elas são perpendiculares se w = -1
d) elas são perpendiculares se w = 0
e) essas retas não podem ser perpendiculares
Solução:
Podemos escrever para a 1ª reta: y = [-(2w-2) / (w-1)].x - w /(w-1).
Analogamente para a 2ª reta: y = [-1 / (w-3)].x + 2w / (w-3). Ora, os coeficientes de x são os coeficientes angulares e, pelo que já sabemos, a condição de perpendicularidade é que o produto desses coeficientes angulares seja igual a -1. Logo:
Efetuando os cálculos indicados e simplificando-se obtemos: w2 - 2w + 1 = 0, que é equivalente a
(w - 1)2 = 0, de onde conclui-se que w = 1.
Mas, cuidado! Observe que 1 anula o denominador da expressão acima e, portanto é uma raiz estranha, já que não existe divisão por zero! Apesar das aparências, a raiz 1 não serve! Logo, a alternativa correta é a letra E e não a letra B como ficou aparente.
http://www.alunosonline.com.br/matematica/paralelismo.html
http://www.mundoeducacao.com/matematica/interseccao-retas-concorrentes.htm
http://deborampmatematica.blogspot.com.br/2011/08/retas-paralelas-retas-concorrentes.html
Exercícios:
Verifique o posicionamento da reta r, dada pela equação 2x + y – 1 = 0 em relação à circunferência de equação x² + y² + 6x – 8y = 0.
Resposta
Questão 01.Determinar as coordenadas do centro da circunferência é a medida do raio:
x² + y² + 6x – 8y = 0
x² + 6x + y² – 8y = 0
x² + 6x → completando o trinômio
x² + 6x + 9 = (x + 3)²
y² – 8y → completando o trinômio
y² – 8y + 16 = (y – 4)²
x² + 6x + y² – 8y = 0
x² + 6x + 9 + y² – 8y + 16 = 9 + 16
(x + 3)² + (y – 4)² = 25
A fórmula geral de uma equação da circunferência é dada por (x – a)² + (y – b)² = r², dessa forma:
Coordenadas do centro: (–3; 4)
Medida do raio: 5
Determinando a distância entre o centro e a reta
Reta r: 2x + y – 1 = 0
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Temos que a distância é menor que o raio, pois 1,3 < 5. Dessa forma, a reta é secante à circunferência.
x² + y² – 2x = 0, determine a posição relativa entre elas.
Resposta
Vamos estabelecer um sistema entre as duas equações:
Reta: 2x – y + 1 = 0
Circunferência: x² + y² – 2x = 0
Circunferência: x² + y² – 2x = 0

Resolvendo o sistema pelo método da substituição:
Isolando y na 1ª equação:
2x – y + 1 = 0
– y = –1 – 2x
y = 1 + 2x
– y = –1 – 2x
y = 1 + 2x
Substituindo y na 2ª equação:
x² + (1 + 2x)² – 2x = 0
x² + 1 + 4x + 4x² – 2x = 0
5x² + 2x + 1 = 0
5x² + 2x + 1 = 0
∆ = b² – 4ac
∆ = 2² – 4 * 5 * 1
∆ = 4 – 20
∆ = –16
∆ = 2² – 4 * 5 * 1
∆ = 4 – 20
∆ = –16
Quando ∆ < 0, a equação não possui raízes. Dessa forma o sistema não possuirá soluções. Portanto, a reta é externa à circunferência.
Questao 03.Determine o valor de w sabendo que a reta de equação x – y + w = 0 é tangente à circunferência de equação x² + y² = 9.
Resposta
Se a reta é tangente à circunferência, temos que a distância do centro até a reta possui a mesma medida do raio.
Em razão da equação x² + y² = 9, podemos dizer que o centro corresponde a (0; 0) e o raio igual a 3, pois x² + y² = 9 → (x + 0)² + (y + 0)² = 3².
Distância do centro (0; 0) à reta x – y + w = 0, onde a = 1, b = –1 e c = w:

Calculando w de acordo com d = r:

O valor de w é igual a + 3√2 ou –3√2.
Resposta

AB = medida da corda
CM = distância entre centro e reta
AM = metade da medida da corda → AB/2.
CM = distância entre centro e reta
AM = metade da medida da corda → AB/2.
No triângulo AMC aplicaremos o teorema de Pitágoras, mas para isso precisaremos determinar a distância CM e o raio da circunferência, dado por CA.
Centro da circunferência
x² + y² + 2x + 2y – 3 = 0
x² + 2x + y² + 2y = 3
x² + 2x + 1 + y² + 2y + 1 = 3 + 1 + 1
(x + 1)² + (y + 1)² = 5
x² + 2x + y² + 2y = 3
x² + 2x + 1 + y² + 2y + 1 = 3 + 1 + 1
(x + 1)² + (y + 1)² = 5
Centro (–1, –1) e raio = √5.
Reta: x + y – 1 = 0

A medida da corda AB de acordo com a situação proposta é AB = √2.
Reta: x + y – 1 = 0

A medida da corda AB de acordo com a situação proposta é AB = √2.
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